O Porto de Dream Tokyo

Aqui esta o porto, com os barcos em todo lugar, restaurantes marítimos, e vendedores de produtos do mar.

Skar acorda em um navio ancorado no Porto, com uma terrível dor de cabeça, notando que estava deitado no chão da parte do navio onde a camida era guardada. Se levanta um pouco, ficando só sentado no chão com a mão sobre a testa, se apoiando no outro braço. Não conseguia se mover muito bem por conta da dor de cabeça, mas mesmo assim insistiu e se levantou, se escorando pelas paredes do local onde se encontrava.

Subia algumas escadas pelo navio, chegando ao lado de fora do mesmo e olhando em volta, olhando o local e muita gente pelos portos, numa correria frenética. O ar do lado de fora melhorava bastante a enchaqueca, o ajudando a andar melhor pelo local. Após descer as escadas que ligavam o navio ao porto e esbarrar em algumas pessoas que ali passavam, chegando finalmente a estrada, onde a movimentação era mais lenta e calma.

Confuso, Skar olha para os lados, sem saber por qual seguir ou o que fazer. Antes de alguma escolha, ele olha o que possuia no momento: a roupa do corpo (a mesma do sign e da imagem na Ficha do Personagem), um livreto em um dos bolsos, enrolado por um cordão prateado com um pingente de uma espada e um pedaço de papel, com alguns dados de Skar, como seu nome todo, idade, etc. Sem entender o por que daqueles objetos, o guarda novamente no bolso, voltando e a olhar para os lados e, sem entender exatamente a razão, segue por um deles, caminhando lentamente. Pelo caminho, só uma coisa passa por sua mente.

-Onde estou?

~ Maka e Hayate ~

Maka estava nas docas, não haviam muitos navios, estava tudo escuro, e havia alguns pequenos barcos pesqueiros apenas, exceto por um grande cruzeiro transatlântico que parecia em festa, estava tudo muito movimentado, vários carros parando, aparentemente pessoas ricas e celebridades entrando.

O návio era enorme, tinha o tamanho de um shopping center:



Na lateral havia escrito "S.S. Undine".

Alguns marinheiros falavam:

- Apressem-se! O maior transatlântico do mundo! S. S. Undine esta prestes a partir pela gloriosa viagem de Dream Tokyo até as Bahamas, pelas noites a fora! Vocês vão perder essa gloriosa viagem que durara um noite eterna?

Havia muito alvoroço, muita gente entrando, muitas pessoas gritando, muita gente importante esnobando, de fato não dava pra tirar a atenção do glorioso cruzeiro.

Maka só conseguiu mudar o ângulo da visão, quando viu Nate e Hayate caminando ao longe até a direção dela.

E presenciando a mesma cena.

Hayate seguira o estranho Nate até o porto, ainda na forma lobisomem, tinha sangue de seu último inimigo escorrendo em seus pêlos negros. Andava sobre as quatro patas e distraiu-se vendo o grande navio, havia bastante gente por lá, bastante carne...

Ouviu Maka, e chacoalhou a cabeça. Lembrou-se dela quando estava no Mad Dog, e ficou feliz ao vê-la denovo.

— Está melhor, isso é bom... — Falou com uma voz rouca e rasgada, e olhou novamente para o barco, movendo as orelhas. Apenas ficou quieto, olhando.

Fica perto de Nate e Maka o tempo todo, mas estando no navio acabava por se distrair olhando tudo aquilo, era estranho mas bonito. Ao entrar no quarto olhou em volta desconfiado, mas surpreso. Não era acostumado com conforto, mas não reclamaria.

Ouviu Nate e apenas confirmou com um breve movimento da cabeça, e logo observou Maka se distanciar dele. Ficou um pouco pensativo enquanto a olhava, tentando entender melhor o que se passava na cabeça dela, viu a reação quando Nate havia pego na mão da garota e dito que iriam fingir que eram pai e filha, logo assimilou alguns fatos que levariam a isso. Após algun tempo se aproximou de Maka, agaixando-se ao lado dela, apoiando um joelho no chão.

— Hey ham, Maka... Não sei se posso dizer algo pra te ajudar, mas sei em parte porquê você ficou assim, porque temos certas semelhanças, imagino. Ser chamada de filha assim por um estranho, considerando seu passado, certamente te deixou pensativa e talvez tenha doído um pouco. — Começou a falar olhando pra ela, mesmo que ela não o fitasse, depois ficou olhando pela janela do quarto. — Mas bem, estamos juntos nessa, você e eu então... se precisar de algo, farei o possível, mas entenderei se nem quiser me responder também ou me ignorar.

A viu sorrir, o que tranquilizou Hayate um pouco, e também deu um leve sorriso. Afinal falar com alguém parecido não era de fato ruim.

— Tento te entender porque... Também perdi pessoas importantes, a muito tempo. E eu lembro de como me sentia, mas no meu caso acabei fugindo por causa de certos detalhes. — Soltou um leve suspiro, e sentou-se no chão, cruzando as pernas. — Só que eu não tive ajuda durante anos, o que resulta no que sou. Mas por sorte você tem amigos, e também a mim, dispostos a te ajudar. Heh, não gostaria que crescesse e ficasse como eu, qualquer criança sabe ler e escrever ou mecher em um computador, eu vivi isolado tempo suficiente para nem saber até pouco tempo o que é uma televisão.

Coçou a nuca por um momento, quieto, achou que estava falando demais.

— Ham, desculpe, acho que prefere ficar sozinha agora, deve querer pensar um pouco...

Olhou para trás ao notar o sumiço de Nate. Também não se surpreendera, ainda mais porque já o viu lutando, sabia da sua velocidade e um pouco do que ele poderia fazer. Levantou-se, ouvindo a garota e vendo-a procurar por algo e, mesmo não sabendo exatamente o quê, também começou a procurar enquanto a ouvia atentamente. Estava certo, o passado da garota não era agradável, o que resultou no que ela é. Quando ela terminou, com uma pergunta, fitou-a e sorriu.

— Não, você não fala demais. E imagino como deve ter sido se esconder naquela situação, porque na minha, a primeira vez que me transformei matei meus pais e parte da vila. — O sorriso sumiu de seu rosto enquanto falava, e sua expressão mudara mas disfarçou procurando algo em uma gaveta mais baixa, agaixando-se e deixando que sua franja acabasse por cobrir parte de seu rosto. — O que procuramos exatamente...?

Encontrou a carta, e por mais que olhasse-a frente e verso, não entendia seu significado, nem mesmo sabia do que se tratava. Ouviu Maka e notou que ela segurava um objeto mais estranho ainda, que também não conhecia.

Quando pegaram a mala, a olhou com certa desconfiança.

— Abri-la? Não sei, aquele cara é cheio de truques, não me surpreenderia se estivesse algo ali dentro que não fosse agradável... — Ouviu a sugestão de Maka, sobrem irem ao Cassino, e arqueou a sobrancelha — Bem, podemos ir, se me explicar o que é um Cassino... — Coçou a cabeça meio emburrado, olhando para o lado. Irritava não saber de muita coisa por viver a maior parte de sua vida fugindo ou em meio a florestas.

Ouviu Maka com interesse, ficou curioso, mas satisfeito com a resposta, não se interessou muito nesse tipo de jogo que ela comentou, parecia ser algo complicado. A garota falou algo sobre Pailong, que Hayate não entendeu muito, mas esperou que ela fosse explicar mais tarde. Viu que ela ia abrir a mala.

— Acho melhor eu abrir, sou mais resistente a essa... "infecção", ao menos me disseram uma vez. — Falou, a olhando. Não conhecia bem a palavra, mas uma vez fora tratado e lhe disseram que ele tinha uma boa resistência a ela. Além disso, se fosse algo letal como armadilhas cortantes, seu corpo era maior e mais forte que o de Maka.

Sem esperar pela resposta de Maka, Hayate abriu a maleta, e aparentemente não havia nada de errado ali, nem mesmo um cadeado ou codigo. "Apenas" o dinheiro, que para ele era só algo que se usava para comprar comida e outras coisas, números não eram revelantes a ele.

— Bem, isso conclui que é seguro... Mas de quem é isso? — Falou, pegando um maço de dinheiro. Depois pegou a carta de antes e tentou comparar os desenhos, mesmo inutilmente, para ver se algo era parecido, foi então que notou o estranho código de barras que se movia. — Mas o que...? — Confuso, chacoalhou a carta, para ver se aquilo parava de se mover, não tinha idéia do que se tratava.