Mephisto Pilatus (The Crow)

História de Mephisto Pilatus

Capítulo 1 – O início

-Bom Dia senhor Ikarus Gianinni, Bem Vindo ao 1° departamento de polícia de Londres, o Senhor O’neil está em sua sala à sua espera, prossiga pelo corredor da esquerda, última porta, não há erro.– Disse uma mulher com suas roupas apertadas, e cabelos ruivos. A cada palavra que dizia, parecia investigar aquele estranho a sua frente, como de costume, mas logo fora interrompida por outros de tantos telefonemas que costumava receber, aliás, não era paga para admirar pessoas.

-Bom Dia, obrigado por me avisar – Disse um ser caucasiano, de cabelos negros e curtos. Seu físico não era definido, mas a patente de investigador chefe da polícia de Roma, o fazia ter todas qualidades possíveis a de um herói mitológico. Seu fino terno italiano com riscas de giz denunciavam sua elegância.

O corredor citado por aquela linda mulher era largo e parecia ser interminável. Em toda sua extensão, outros corredores se juntavam a ele, como um caudaloso rio e seus afluentes. O movimento por ele era incessante, pessoas indo e vindo com suas pastas. Outras bebendo café pareciam estar imersas em problemas, já que o 1° departamento recebia todo tipo de caso, mas um em questão chamara a atenção de todos, e era um dos motivos para que Ikarus deixasse sua cidade natal e viesse prestar serviços á esses frios cidadãos.


Não tardou muito para que chegasse a seu destino. Aquela porta de madeira rústica, tinha inscrito Capitão William O’neil. A maçaneta da mesma era de ouro e adornada com detalhes em prata e cobre. Ikarus estava acostumado com requinte, mas para uma porta, parecia ser demais. Não demorou muito, e bateu na mesma 3 vezes, de maneira sutil, afim de chamar atenção e logo fora atendido. Uma voz sofrida e seca mas autoritária ecoou até a porta, mas era audível o que aquele ser lá dentro havia dito.

-Por favor, entre...

Abriu vagarosamente aquela porta, e um ruído de madeira proveniente dela, parecia ensurdecê-lo, mas logo estaria dentro e no campo de visão daquele temível homem. Relatos dizem que o velho O’neil enquanto instrutor das forças armadas britânicas, deixara 5 soldados cegos com uma certa apresentação a rainha na qual, nessa mesma ocasião seus pupilos usaram mesmas armas usadas por seus antepassados. Uma arma movida a pólvora e em sua ponta uma baioneta.

-Senhor Gianinni, por favor, sente-se – Disse ele, e assim, Ikarus sentou-se;

-Como sabe, há um louco fingindo ser Deus e tirando a vida de civis. E o motivo pelo qual chamamos você, é simples....nos ajude, a achar esse maníaco, e recompensa você terá... – Disse o capitão, enquanto alisava seu cavanhaque.


-Hum...e as investigações iniciais? Há que pontos levaram? – Enquanto dinheiro estava envolvido, Ikarus tomava o caso como resolvido, pouco se importara com as vidas perdidas, pois pessoas morriam a todo tempo e nasciam ao mesmo tempo, então, um equilíbrio natural perpetuava a raça humana, pelo assim ele pensava.

- 6 vítimas esquartejadas, encontradas em locais diferentes da cidade. A perícia indica que há uma certa semelhança entre elas, e todas foram assassinadas no período de 00 horas e 3 horas da manhã. Iniciamos um toque de recolher às 10 horas da noite, e aqueles que são encontrados, revistamos, ou levamos para os departamentos mais próximos.

-Certo...alguma semelhança a mais ocasionada por esses assassinatos? – Disse Ikarus

-Uhum, todos cortes feitos com precisão cirúrgica, e quem fez isso, sabe mesmo manejar um objeto de corte. Nós achamos que deve ser um bisturi...Mas o que nos impressiona, é que, há marcas nas partes opostas desses corpos, hematomas, o que nossa perícia pode ter chegado à conclusão é que esse maníaco faz cortes em torno do membro, e com as próprias mãos desmembra!

-Não é possível...um ser humano ter capacidade de ter tanta força.. As ligações nervosas, cortadas ou foram rompidas só com a força própria ? – Perguntou Ikarus, surpreendido com a resposta que havia recebido. Como um ser humano poderia ter tanta força a fim de desmembrar alguém? Nascia ai a hipótese desse maníaco agir em grupo.

-Terminações nervosas rompidas. Nada de cortes senhor. Bom, o relatório está aqui – inclinou-se e de sua mesa, abriu uma de suas gavetas. A mesma que aabara de abrir, em seu interior havia uma Beretta, e abaixo a ela, pastas e mais pastas, mas logo procurando a certa, ele a entregou para o jovem prodígio que estava em sua frente.

Abrindo aquela pasta amarronzada e espessa, folheou e em das primeiras páginas, deparou com as fotos das vítimas, e suas devidas informações. A primeira vítima, Josh McKennit, um morador de rua, mas que localizava-se próximo ao British Museum.

-Aonde posso conseguir um carro senhor? – Perguntou o jovem interessado, e que logo poderia agir.

-Dirija-se ao escritório ao lado, lá você poderá pegar a papelada necessária para permanecer no país, e conseguir alugar um carro daqui do departamento. E qualquer dúvida, aqui está o número de meu telefone particular. Ligue apenas quando houver novas pistas...certo? – Disse o velho ex-militar enquanto dedilhava algo nas teclas de seu computador.

-Tudo bem, obrigado senhor – Levantando-se, dirigiu-se à sala ao lado, e logo que atualizou todas suas informações, 2 horas mais tarde, já estará nas ruas de Londres, em busca do local daquele homicídio.

(Continua)